sábado, 12 de junho de 2010

Rococó

exemplos de arquitectura rococó:






Introdução
O nome Rococó derivou do termo francês rocaille (que designava os motivos ornamentais, como a concha, francamente empregues por este estilo), um termo depreciativo inventado por críticos numa época que desvalorizou este período artístico.
Só muito recentemente se reavalia este movimento, diferenciando-o do Barroco que, em muitos países, se desenvolveu em simultâneo com o Rococó.
Procurando afastar-se da austeridade e monumentalidade que a cultura iluminada de Louis XIV exportou para toda a Europa, o rococó tentou recuperar uma cultura mais íntima e sensível, ligada à frívola vida da corte e elegeu como fundamento estético a supremacia da sensação, da forma caprichosa e do ornamento.

Arquitectura
Em França, as grandes transformações estilísticas e formais da arquitectura manifestaram-se essencialmente ao nível dos edifícios civis. Abandonando a solenidade e monumentalidade barroca, criaram-se novas tipologias residênciais aristocráticas, urbanas e rurais, que respondiam a necessidades de intimidade e de conforto que os grandes palácios não admitiam. A progressiva especialização funcional dos diferentes espaços determinaram a tendência para se pensar cada sala autonomamente, eliminando-se frequentemente as regras compositivas de sentido geral e dissociando-se o carácter dos espaços interiores da imagem exterior dos edifícios. As salas, ornamentadas por delicadas e densas molduras, painéis e medalhões que encerravam pinturas e espelhos, eram francamente iluminadas por vãos cada vez mais elegantes.
Se a Inglaterra e a Itália contribuiram muito pouco para o desenvolvimento deste estilo, as regiões alemãs e austríacas envolventes dos alpes destacaram-se na criação de uma arquitectura rococó de carácter religioso. As igrejas, apresentando geralmente um exterior simples, reservavam para o interior toda a complexidade espacial e exuberância decorativas próprias deste estilo. Fundindo o requintado carácter rocaille com a monumentalidade barroca, este estilo procurava integrar na arquitectura elementos escultóricos e pictóricos, numa síntese que se designou por Gesamtkunstwerk (obra de arte total). De entre os inúmeros templos construídos nesta altura destacam-se a abadia de Ottobeuren de Johann Fisher, as igrejas do arquitecto Dientenhofer, em Praga, a pequena igreja de peregrinação In der Wies, na Alta Baviera, obra dos irmãos Zimmermann e a monumental igreja da abadia de Wierzehnheiligen na Baviera, de Balthasar Neumann.
Em Portugal a arquitectura rococó não atingui um nível artístico comparável ao dos restantes países europeus. De entre os edifícios erguidos neste período destacam-se a ala poente do Palácio de Queluz, desenhada pelo francês Robillon, um conjunto de igrejas construídas para Lisboa após o terramoto de meados da centúria e uma série de pequenos edificios civis e religiosos projectados por André Soares para a região de Braga.

Artes plásticas e decorativas
A escultura rococó, contrariamente à barroca que assumia geralmente uma escala pública e monumental, é de pequena escala (à excepção de poucas esculturas monumentais em bronze), surgindo geralmente no interior de igrejas e de palácios. Apresentava formas sofisticadas e galantes e as temáticas abordadas ligavam-se geralmente à vida cortesã, embora na Alemanha fosse frequente a estatuaria sacra. Um dos géneros mais difundidos neste período foi o retrato, normalmente realizado em mármore.
Outros materiais, como a madeira e a porcelana eram muitas vezes utilizados para a execução de peças mais pequenas. Um dos exemplos notáveis deste tipo de escultura foi realizado pelo português Machado de Castro, sob a forma de presépios.
A produção da porcelana, cuja técnica foi importada da China nesta altura, conheceu um grande desenvolvimento, expandindo-se por toda a Europa. Em França foi criada a Real Manufactura de Sévres e em Espanha a Fábrica do Buen Retiro. Sem as limitações técnicas da escultura em pedra, as peças de porcelana assumiam formas ainda mais carpichosas e sinuosas, respondendo cada vez mais a objectivos decorativos e ornamentais.
A pintura rococó apresentava tendência para a valorização da mancha colorida em detrimento da linha, para as composições baseadas em traçados ondulantes e para o predomínio dos elementos ornamentais. Os temas preferênciais deste período, foram as cenas cortesâs (género no qual se destacaram os pintores Watteau e Fragonard), a paisagem e o retrato. Este último, bastante difundido, teve como protagonistas os franceses Largillière, Nattier ou Chardin e os ingleses Hogarth, Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough. Foram então realizados muitos retratos a pastel, técnica pictórica que admitia uma grande rapidez e liberdade de execução.
A pintura veneziana, que alcançou nesta época um grande reconhecimento, destacou-se pela produção original de paisagens urbanas, um campo temático em que se afirmaram Piero Longhi, Canaletto (famoso pela minucia e rigor das representações) e Francesco Guardi (este mais veloz e impressionista). O mais conhecido e internacional dos pintores da escola veneziana foi, no entanto, Giambattista Tiepolo que se especializou na pintura de grandes frescos.

Barroco

exemplos de pintura barroca:




No final do século XVI surgiu na Itália uma nova expressão artística, que se contrapunha ao maneirismo e as características remanescentes do Renascimento. O Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) pode ser considerado como uma forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo em que se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.
Essa grandiosidade é explicada pela situação histórica, marcada pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante e ao mesmo tempo pelo desenvolvimento do regime absolutista. Dessa maneira temos uma arte diretamente comprometida com essa nova realidade, servindo como elemento de propaganda de seus valores.ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista. Nascido em Roma a partir das formas do cinquecento renascentista, logo se diversificou em vários estilos paralelos, à medida que cada país europeu o adotava e o adaptava às suas própria características. Enquanto na Itália o barroco apresentou elementos mais "pesados", nos países Protestantes o estilo encontrou componentes mais amenos. Durante esse período as artes plásticas tiveram um desenvolvimento integrado; a arquitetura, principalmente das Igrejas, incorporaram os ornamentos da estatuária e da pintura.

ESCULTURA BARROCA Aura barroca teve um importante papel no complemento da arquitetura, tanto na decoração interior como exterior, reforçando a emotividade e a grandiosidade das igrejas. Destaca-se principalmente as obras de Bernini, arquiteto e escultor que dedicou sua obra exclusivamente a projeção da Igreja Católica, na Itália. A principal característica de suas obras é o realismo, tendo-se a impressão de que estão vivas e que poderiam se movimentar. esculturas em mármore procuraram destacar as expressões faciais e as características individuais, cabelos, músculos, lábios, enfim as características específicas destoam nestas obras que procuram glorificar a religiosidade. Multiplicavam-se anjos e arcanjos, santos e virgens, deuses pagãos e heróis míticos, agitando-se nas águas das fontes e surgindo de seus nichos nas fachadas, quando não sustentavam uma viga ou faziam parte dos altares.

ARQUITECTURA BARROCA Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores. Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento.
Igreja de Santa Inês, Roma
Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em três pavimentos. Os palácios, em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres poderosos das cortes de seu país.

PINTURA BARROCA As obras pictóricas barrocas tornaram-se instrumentos da Igreja, como meio de propaganda e ação. Isto não significa uma pintura apenas de santos e anjos, mas de um conjunto de elementos que definem a grandeza de Deus e de suas criações. Os temas favoritos devem ser procurados na Bíblia ou na mitologia greco-romana.
É a época do hedonismo de Rubens, com seus quadros alegóricos de mulheres rechonchudas, lutando entre robustos guerreiros nus e expressivas feras. Também é a época dos sublimes retratos de Velázquez, do realismo de Murillo, do naturalismo de Caravaggio, da apoteose de Tiepolo, da dramaticidade de Rembrandt. Em suma, o barroco produziu grandes mestres que, embora trabalhando de acordo com fórmulas diferentes e buscando efeitos diferentes, tinham um ponto em comum: libertar-se da simetria e das composições geométricas, em favor da expressividade e do movimento.

segunda-feira, 10 de maio de 2010




Esciultura Renascentista


exemplos de Pintura Renascentista